O casamento é sem dúvidas um dos momentos mais especiais que um casal vai vivenciar e para isso ele deve ser planejado até nos mínimos detalhes. É nesse momento que começa a tarefa do cerimonialista, o trabalho deles é essencial para que tudo ocorra como foi desejado e para falar melhor sobre os desafios dessa profissão, fizemos uma entrevista a nossa Cerimonialista Esther Fernandes! Querem saber mais? Continuem lendo essa matéria!
(Foto: Os Tonnas)
EF: Como funciona o trabalho de um cerimonialista?
Esther: Eu costumo dizer que o trabalho de um cerimonialista é vital para o processo do casamento.O cerimonial é aquele que vai juntar todas as empresas em torno de um mesmo objetivo, vai fazer com que os horários entrem em uma cadência, com que todos atendam a um cronograma e vai fazer com que os contratos conversem entre si respeitando os horários e as necessidades de cada casal.
Um exemplo que eu sempre dou para as minhas noivas é para elas imaginarem uma orquestra sinfônica, onde você tem vários músicos, mais se você não tiver um maestro, não vai sair nenhuma melodia. Então posso dizer que esse é o papel fundamental do cerimonial, é dar essa harmonia entre todos os profissionais que estão entorno do casamento.
EF: Como cerimonialista, quais são as principais vantagens de realizar um Destination Wedding?
Esther: O Destination Wedding pra mim tem como principal vantagem, justamente não se restringir a uma cerimonia e um casamento de 4/5 horas,como em um salão de festas. Quando você opta em fazer um casamento em outra cidade, outro destino, você proporciona um final de semana de festa.
Você começa com um Pré Wedding na sexta-feira e ai você já faz uma produção com os amigos, no sábado tem as 8 horas de festas repleto de boas energias, boa música, um por do sol lindo e excelente comida e no domingo vocês fazem um after, o que também é muito bacana já que todos comentam como foi a festa e se divertem mais um pouco. Acredito que a experiencia de um Destination Wedding é essa, de você chegar uma sexta-feira no destino e ficar até domingo vivenciando o casamento. A sensação é como se o amor estivesse no ar o tempo todo!
(Fotos: Thrall Photography)
EF: Como é montar o um cronograma para a produção da festa e cerimonia e por que ele deve ser respeitado?
Esther: O cronograma de casamento é uma das últimas coisas que a gente faz, a primeira parte do cerimonial consiste na assessoria, que é justamente a parte de ajudar os noivos a se acharem dentro da realidade deles. Fazemos um briefing do casal e tentamos imaginar quais são os profissionais que mais se parecem com eles, quais são os profissionais que se encaixam na proposta deles e a partir daí começamos a trabalhar nas apresentações e tentar, na medida do possível, fazer com que as contratações se combinem entre si e com o melhor resultado possível dentro da realidade financeira deles.
Uma vez que o casal já fechou com todos os parceiros e com todas as empresas necessárias para o casamento, a gente entra na parte do cerimonial, que são os protocolos de casamento. É como se fosse um roteiro de um bom capítulo de uma novela, então ai colocamos a hora que ele vai começar, quando vai acontecer cada coisa e em que momento do dia/noite, se vai ter fogos, se vai ter atração musical, que horas começa a pista de dança e por ai vai.
EF: Qual é o papel do cerimonialista na hora que os noivos vão fechar um contrato com algum fornecedor?
Esther: O cerimonial tem um papel fundamental na hora de fechar com qualquer fornecedor, porque na verdade é ele quem vai avaliar a proposta de cada profissional e dentro dessa proposta vai analisar a expectativa de cada casal. Obviamente adequando expectativa vs realidade.
As escolhas e as decisões são sempre feitas pelo casal, mas nesse momento é importante o papel do cerimonial porque o casal está movido pela emoção e muitas vezes eles acabam se guiando por essas emoções. Já uma empresa também é movida por sentimentos mais racionais, ou seja, eles vão procurar entender se não tem nenhum estereotipo e especialmente entender se de fato aquela empresa atende a todas as demandas do casal.
(Fotos: GF Photos)
EF: Sobre casamentos na pandemia: Nos conte como foi a sensação de fazer um casamento com esse “novo normal”?
Esther: Dentro desse novo normal, fazer casamentos passa a ter uma conotação muito diferente.Porque determinadas coisas que eram consideradas como liberdade, hoje você já sente um certo cerzimento, como a pista de dança, a hora de jogar o buque ou a aproximação das pessoas, então todos esses aspectos se não forem muito bem administrados pelo cerimonial e pelo cerimonialista pode causar um distanciamento ou até mesmo um esfriamento no momento do evento.
Existe um desafio do cerimonialista e um limiar muito delicado entre a razão e a emoção. Porque a gente tem que saber exatamente o momento da utilização da máscara, o exato momento da aglomeração, o exato momento da segurança de cada um dos convidados e se todas as coisas estão sendo entregues dentro desse novo formato “novo normal”. É um momento difícil, mais, efetivamente o amor continua no ar! Independente de todas as regras, de todos os protocolos e de toda essa pandemia, o casamento é um momento tão magico que se sobrepõe a qualquer crise.
(Foto: Rafael Porto)
EF: Sabemos que tem casais que acabam virando amigos, qual é o sentimento de saber que vocês fizeram parte de um dos dias mais importante na vida deles?
Esther: Dentro de todo esse processo é evidente que existe uma aproximação muito grande entre o cerimonialista e o casal, de tal forma que, contratada e contratante viram grandes amigos porque começam a partilhar sentimentos, emoções, desejos e sonhos. Isso causa uma sensação de amizade muito grande e quando nesse sentimento existe identidade, acaba virando uma coisa magica que chamamos: amizade. Não tenho dúvidas que grande parte dos casais que passam por nós, acabam virando grandes amigos! De tal forma que quando engravidam nos avisam, quando ganham bebê nos avisam, quando tem foto do bebê sendo batizado nos avisam, quando faz festa de aniversário nos avisam e inclusiva há casais que vem pra Búzios e pedem pra jantar com a gente, curtir uma praia, aproveitar um dia juntos! Isso passa do tempo cronológico, porque acaba virando um laço emocional e uma das coisas que eu amo daquilo que faço, é exatamente os laços que a gente vai criando com esses casais.
Eu já li varias vezes o Pequeno Príncipe e para cada fase da vida em que eu leio, eu tenho uma interpretação diferente e uma delas que pra mim sempre foi muito igual e que fala muito sobre sentimentos, é quando em um dos diálogos é dito “Tu eis responsável por tudo que cativas”, então é isso, acho que é bem por ai esse processo de casamento e de amizade com os noivos.
Querem conhecer mais um pouquinho sobre a Esther Fernandes? Aperte o play!
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